Para fortalecer a saúde emocional de seus pacientes e até familiares, o Hospital 13 de Maio oferece suporte psicológico tanto para adultos como crianças internadas.
O atendimento infanto-juvenil, implantado recentemente, é realizado pela psicóloga voluntária Hemilly Oldoni.
Segundo ela, o objetivo é promover estratégias de enfrentamento para o paciente lidar não apenas com a doença em si, mas com os sentimentos intensos que podem surgir diante da mudança repentina de rotina. Afinal, a criança é afastada do ambiente escolar, das atividades diárias e da própria casa. “Além disso, é comum que crianças associem o ambiente hospitalar com dor e vulnerabilidade. Portanto, explicar para a criança o que está acontecendo com ela e como funcionam os procedimentos, pode ser muito importante para amenizar o medo”, acrescenta.
A psicóloga explica que a maior parte do atendimento psicológico com as crianças internadas acontece com atividades lúdicas. “O lúdico auxilia a criança a compreender melhor as informações necessárias, e a avaliar como a situação pode estar afetando seu emocional. Até porque o brincar, no contexto hospitalar, é o que mais se aproxima da rotina cotidiana da criança e minimiza possíveis prejuízos psicoemocionais”, destaca.
A profissional defende ainda que o atendimento com os familiares da criança também é fundamental, visto que eles também podem ficar abalados e preocupados com a doença. “A maioria dos genitores também precisam se organizar para que pelo menos um se ausente no trabalho e no lar, para poder cuidar do filho, e isso inclui pensar em novas logísticas para manter a rotina da casa, principalmente quando o paciente não é filho único. Ter uma rede de apoio nesses casos, pode fazer toda a diferença, e quando não há, o acolhimento no ambiente hospitalar com uma escuta qualificada é crucial”, finaliza.